Devido às características peculiares da estrutura de seus fios, a crina de cavalo continua sendo a melhor matéria-prima para a confecção de arcos e mesmo com os avanços atuais na técnica de produção não existe ainda um material sintético capaz de reproduzir com exatidão todas essas propriedades.

Embora pareça difícil diferenciar um arco com fios de crina de um feito com filamento sintético, existe uma maneira realmente simples de identificá-los: o “teste de queima”.

Para realizar o teste basta um único fio que, após retirado do arco, pode ter sua ponta queimada rapidamente com ajuda de um fósforo, isqueiro ou qualquer outra fonte de chama. Ao ser queimado o fio irá exalar um odor característico de cabelo “chamuscado” caso seja de origem animal ou, em caso contrário, irá exalar odores sintéticos semelhantes ao de plástico quando derretido.

É importante lembrar que para realizar o teste o fio deve ser “virgem”, ou seja, sem que tenha sido utilizado breu anteriormente, ou a mistura de odores durante a queima poderá dificultar ou mesmo impedir sua identificação.

E para que não haja nenhuma preocupação com o bem-estar dos animais é válido esclarecer que o cavalo não sente qualquer incômodo durante o processo, que é simplesmente o de cortar os fios.